sábado, 10 de janeiro de 2009

a chuva batia em minha janela, e aquele barulho pesado, mas confortante me fez levantar. Eu abri a janela, e senti o vento frio atravessando a minha pele, o vento parecia ser um velho amigo com piedade, afagando minhas bochechas, a sensação era reconfortante. Então eu me apoei na janela, pra sentir a chuva. As gostas caíam em meu rosto e se espalhavam como lágrimas. Era o que eu precisava. Eu estava suficiente forte para chorar 5 chuvas de verão como aquela. Então as gotas poderiam mesmo funcionar como minhas lágrimas. Agora lavava meu rosto, mais tarde lavaria meu peito. Eu já não tinha mais forças para chorar a sua ausência, as lágrimas já haviam secado, o peito secou mas a dor continuava a me machucar, era como uma ferida com o sangue estagnado, pisado, precisando ser lavado. E aquela chuva, minhas lágrimas artificais lavariam, era isso que eu esperava. Choveu durante 30 minutos. Mas parecia horas, e não sei ao certo porque. Mas quando parou de chover e o vento mudou de direção, eu me senti mais leve, e mais aliviada. Então eu pude esboçar um sorriso. Não aquele sorriso que envolveria todo o meu rosto, aquele sorriso que mostraria meus dentes, o brilho dos meus olhos,minha covinha na bochecha e nos cantos da boca. Eu esbocei um sorriso que só mostrou as covinhas do canto da boca. Somente isso. Mas já era mais que suficiente, uma batalha eu havia ganho, na guerra contra mim mesma.

Um comentário:

  1. Meu Deus colega, vai expressar seus sentimentos tão bem assim lá na pt..qpariu ! Queria ter essa dádiva que você tem.
    Guerras contra si costumam acontecer comigo multiplas vezes.
    Adoro aqui. :*

    ResponderExcluir