quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

caminhei na praia aquela tarde, a chuva fina caía congelando minhas bochechas. Minhas botas faziam um barulho engraçado na areia molhada. Em alguns pontos, eu chafurdava na areia. Mas eu contiunei andando. Algo estaria me esperando, algo ou alguém. Caminhei talvez por kilômetros, minutos que pareciam horas, debaixo da chuva torrencial, que agora caía agressiva. Mas eu não parava de caminhar. E então em um ponto eu pude avistar um local totalmente meu, recluso, longe da vista dos banhistas. Havia rastro dos humanos naquele lugar, provavelmente pescadores, mas quem quer que fosse, havia passado por lá a muito tempo. Então eu me fui me aproximando e admirando toda aquela beleza, os trovões fazendo meu coração bater forte. Eu não estava com medo. Me sentei em uma pedra e fiquei observando. Eu estava encharcada, mas não importava. Era por aquilo que eu estava esperando, por aquela visão solitária. Contemplei um horizonte que era só meu, fiz confissões que eram só minhas e dos trovões, e me sentia parte de tudo. Da chuva, dos relâmpagos, da areia. Eu tenho a impressão de que encontrei minha felicidade, olhando para o horizonte chuvoso, sozinha.

3 comentários:

  1. Oii *-* Edward...meeeuu Deus, será que exite alguem pelo menos parecido com ele por aqui(?)

    Adoreeei o blog viu!
    da uam passadinha la no meu: www.bolinhastagarelas.blogspot.com

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  2. Nossa.. eu chega fiquei tocada.
    Que dom lindo voce tem para a escrita.
    Isso realmente aconteceu?

    é uma idéia bem legal escrever em forma de contos, tentei isso por uns meses ano passado, mas acabou não dando certo xD só quando era muito pessoal aí eu escrevia como se estivesse falando de outra pesssoa.
    Alivia um pouco a carga, eu acho.

    beijos
    ^~

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  3. Felicidade solitária,mas ainda com esse título!

    beijos

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